Veneza é aquela cidade que precisamos ir um dia antes de morrer, bem bucket list mesmo. Me impressionou como a cidade funciona há séculos basicamente do mesmo jeito.
Não nos hospedamos em Veneza
Dormimos num Aibrnb numa cidade pertinho de Veneza. No dia seguinte saímos cedo, antes das 8 da manhã e dirigimos até próximo à entrada da cidade e paramos num estacionamento pago, 10 euros o dia todo.
O parceiro aqui do blog o ” rel=”noopener noreferrer”>clicando aqui você terá 5% de desconto.
Saindo do estacionamento, passamos numa tabachi (lojinha que vende cigarros, jornal, bebidas e os bilhetes de ônibus). Caso você vá de trem, a estação já é dentro da cidade.
Atenção, há duas estações com Venezia no nome, a correta é a Venezia Santa Lucia.
Pegamos um ônibus que em cinco minutos o deixou no terminal da cidade. Importante: passe o bilhete no validador dentro do ônibus, caso o fiscal passe e o seu não estiver validado ele poderá te multar.

Pegamos um ônibus que em cinco minutos o deixou no terminal da cidade. Importante: passe o bilhete no validador dentro do ônibus, caso o fiscal passe e o seu não estiver validado ele poderá te multar.
Entrando na cidade
Veneza impressiona pela beleza, arquitetura única e por serem várias ilhas ligadas por mais de 400 pontes e que por mais incrível que pareça ter um número grande de moradores.
Casas de pessoas comuns, muitas delas pouco preservadas e com roupas penduradas para secar.

Andamos em direção à ponte Rialto e paramos a beira de um canal para comer um canollo, que compramos no mercado.
Logo que chegamos vimos do outro lado do canal a Igreja San Simeone Piccolo.
Comemos um doce típico italiano numa das cidades mais famosas do mundo, tudo muito surreal. *Atualização 2019: Não é permitido consumir alimentos na beirada dos canais.
Ruelas e becos de Veneza
Andamos por vários becos, ruelas e chegamos a mais pontes e algumas praças.

A ponte Rialto foi construída entre 1588 e 1591, em seu lugar algumas outras versões existiam, porém em madeira.
No século XIII durante um festival na cidade a ponte caiu devido ao peso das pessoas e começou-se a pensar em outras formas de construção.

Nos perdemos algumas vezes rsrs. Passamos pela Igreja de Santi Giovani e Paolo.
EuroSpin para economizar
Dentro de Veneza há mercados grandes como Eurospin, compramos água e biscoitos para aguentar até o almoço.
Veneza é uma cidade cara, os restaurantes cobram pelo menos 15 euros por pratos simples, em outras cidade pode-se fazer uma refeição completa pela metade desse valor.
Apelamos então para um pizza (nunca é demais) inteira, com 6 fatias grandes por 2 euros! Juro que soubesse voltar lá deixava aqui o endereço, porque além de barata era muito gostosa!
Praça São Marcos
Fomos a então parte mais famosa da cidade a Piaza San Marco.
Pensando pelo tamanho dos canais e ruelas internas é ate difícil acreditar que algo tão grande fiquei na cidade. O lugar é enorme, cheio de gente e pombos.
Na praça ficam a Torre Veneziana, é possível ter a visão de 360 graus da cidade, porém o local não comporta muitas pessoas e apesar de cobrarem 8 euros para subirmos, vive lotada. Deveríamos ter ido direto pra lá quando chegamos, estava mais vazio. Fica a dica.
Outro local é a basílica de São Marcos, construída também no século IX e reconstruída no século XI após incêndios. Os quatro cavalos em cima da Basílica tem sua história a parte.
Os cavalos esculpidos na Grécia estavam instalado em Roma, no arco de Trajano. Constantino, ao mudar a capital de Roma para Constantinopla, levou as quatro estatuas em bronze consigo.
Houve durante as cruzadas um saque a Constantinopla e o Doge de Veneza trouxe os cavalos para a cidade.
Napoleão por sua vez, levou as estátuas para Paris, porém com sua queda os originais foram devolvidos para Veneza. O que vemos na fachada da igreja atualmente são cópias, os originais estão dentro do museu da Basílica.
É preciso deixar mochilas e bolsas grandes em um guarda volumes para entrar na igreja e não é permitido fotografar ou filmar lá dentro. É possível subir até um terraço que também estava bem lotado.
A igreja é lindíssima, pena que a praça fica constantemente alagada e há algumas passarelas de madeira para passarmos sem nos molhar.
Ao lado da basílica fica a Torre do Relógio, cheia de simbolismos e muita arte; a construção é do século XV. Há dois homens de bronze que batem o sino, abaixo os reis magos com Jesus no colo se movimentam ao passar das horas.
O Leão de Veneza
Abaixo do sino há o leão alado símbolo da Republica de Veneza e mais abaixo o relógio com as 12 horas em algarismos romanos, símbolos dos signos do zodíaco, planetas e estações do ano. Tudo muito elaborado e incrível!
Saindo em direção à lagoa temos a biblioteca Marciana, construída também no século XV e abriga mais de 12 mil manuscritos, obras de diversas parte do mundo e do renascentismo e maneirismo veneziano. Além do acervo riquíssimo, o prédio em si é uma obra de arte.
O palácio Ducal, construído no século IX em mármore e um dos locais mais importantes da cidade, hoje abriga em seu interior o museu de arqueologia e no século XIV houve a expansão para o outro lado do canal, sendo construída a famosa Ponte dos Suspiros.
Ponte dos Suspiros
A ponte do Suspiros leva esse nome por ser o local onde os presos avistavam a luz do sol pela última vez, antes de irem para suas celas.

Há algumas barraquinhas ao redor da praça com arte, bijuterias, vidros murano e a vista para as ilhotas é lindíssima.
Há outras igrejas e outros locais interessantes pela cidade, faltaram alguns locais que valem ser descobertos. Fizemos o passeio em um dia, caso seja possível dois dias são suficientes.
Não fizemos o passeio de gondola por motivos de “ser muito caro”, 30 euros por pessoa para dar um voltinha nos canais estava muito extorsivo.
A água dos canais parece estar limpa, mas nas partes mais afastadas da cidade pudemos sentir um leve cheiro de água suja, acredito que no verão piore.
Em alguns pontos das ruelas sentimos um cheirinho de urina (muitos moradores levam os cães para passear por ali e o xixi deles não deve ser lavado).
Muito sol
Quando chegamos estava frio, durante o dia fez muito sol e muito calor e a noite esfriou novamente, era final de setembro. Bebemos muita água nesse dia também, quase não há arvores.
Você pode sentar no Jardim Real que Napoleão mandou construir, fica ao lado da praça São Marcos.
Há alguns itens típicos da cidade como máscaras de carnaval, peças em vidro murano e quase comprei uma jaqueta de couro por 30 euros! O tamanho pequeno era grande para mim. Vale dar uma volta pela feirinha e nas lojinhas pequenas das ruelas.
Você pode comprar o ticket para visitar todos os museus da Praça São Marcos online ou na entrada da cidade. Nesse link você poderá verificar valores e datas.
Apenas o trem para dentro da cidade, ônibus e carro devem parar ao lado de fora e cruzar a pé ou de barco.
Compensa esperar anoitecer, com as luzes acesas a cidade ganha um glamour, porém acho que pode ficar meio assustador nas ruas menores e com pouca iluminação.
Esperamos o pôr do sol numa das pontes e apreciamos a luz amarela da cidade. Pegamos o ônibus de volta, lotado, e dirigimos até a cidade onde passaríamos a noite, Grancona.
Próxima parada Verona!